Fundamentação da Ozonoterapia

OZONO EM MEDICINA

No uso médico combina-se uma mistura de Oxigénio e Ozono  denominado Ozono Médico em que o Ozono ( O3 ) se encontra presente em concentrações (1 a 80 microgramas/mililitro) 30 vezes inferiores com o respectivo uso industrial.

As concentrações superiores a 2 microgramas / litro são tóxicas por via inalatória. A ausência de efetividade sistémica das concentrações menores que esta cifra e o elevado risco de complicações levou à proibição da sua utilização por via inalatória. Por este motivo, o Ozono Médico não é considerado como Gás Medicinal.

As concentrações superiores a 100 microgramas/ml são tóxicas por via parenteral, aumentando as possíveis complicações. Os diferentes tecidos têm um nível máximo de toxicidade que depende das propriedades antioxidantes dos mesmos.

Em concentrações ideais de Ozono Médico, demonstrou-se ausência de efeitos teratogénicos e cancerígenos em animais de experimentação e em pacientes humanos voluntários. Igualmente verificou-se ausência de complicações em diversos estudos clínicos à excepção dos referenciados com má prática clínica médica.  Daí a importância de seguimento de protocolos clínicos terapêuticos adequados, nomeadamente os constantes na Declaração de Madrid

Efeitos bioquimicos do Ozono

Os efeitos bioquímicos do Ozono no corpo humano são os seguintes :

  • Aceleração do uso da Glucose por parte da células
  • Intervenção no metabolismo das proteínas, graças à sua afinidade com o grupo dos sulfídricos
  • Reacção directa com os ácidos gordos insaturados que se transformam em compostos hidrossolúveis
  • Modulação do stress oxidativo redutivo por regulação dos enzimas oxidantes naturais
  • Modulação de enzimas e citoquinas na inflamação

EFEITOS FISIOLÓGICOS DO OZONO

Os efeitos fisiológicos do ozono no corpo humano são:

  1. Ação directa na aplicação local , através das propriedades desinfectantes e tróficas do Ozono.
  2. Efeito sistémico antibacteriano e antiviral devido à discreta formação de peróxidos.
  3. Modulação do sistema imunitário.
  4. Aumento da fluidez dos glóbulos vermelhos.
  5. Aumento da produção nos glóbulos vermelhos do 2.3.difosfoglicerato, responsável pela libertação de O2 nos tecidos.
  6. Melhora a microcirculação por acção vasoreguladora do endotélio.